Aproximación cualitativa al diagnóstico del síndrome disejecutivo en pacientes con lesión cerebral

Resumen

RESUMEN

Luria ha destacado la importancia de las funciones frontales superiores (funciones ejecutivas-FE) para la adaptación de las personas al entorno y un comportamiento adecuado. El trastorno de estas funciones provoca el síndrome disejecutivo (SD) que es una condición clínica que afecta sustancialmente la organización de la actividad cognitiva y la funcionalidad en la vida diaria. Una lesión cerebral adquirida es una de las principales causas de este trastorno. El diagnóstico del SD se ha basado tradicionalmente en resultados de las pruebas de escritorio que evalúan las FE asociadas principalmente a la actividad cognitiva, sin embargo, no reflejan limitaciones funcionales de los pacientes en su vida cotidiana, y no abarcan trastornos de conducta, aunque éstos suelen ser notorios, pudiendo incluso corresponder a todo el SD. Por ello, se ha sugerido que el diagnóstico debe establecerse de forma objetiva valorando tanto aspectos conductuales como cognitivos. Estos dos aspectos de las FE fueron evaluados y analizados cualitativamente en 17 pacientes con daño cerebral adquirido de diversa etiología. Los resultados mostraron que un paciente presentó alteraciones solo en la parte cognitiva del funcionamiento ejecutivo, tres de ellos solo en la parte conductual, doce presentaron alteraciones tanto en la parte cognitiva como conductual, y un paciente presentó solamente alteraciones leves en la parte cognitiva, pero no fue diagnosticado con el SD, a pesar de tener una lesión frontal. Los cambios a nivel ocupacional o funcional de los pacientes se relacionaron con alteraciones conductuales ejecutivas y no cognitivas. Estos hallazgos evidenciaron que es necesario evaluar los aspectos cognitivos y conductuales de las FE para establecer un diagnóstico confiable de SD.

Palabras Clave: síndrome disejecutivo, cognición, conducta, lesión cerebral.

 

ABSTRACT

Luria has emphasized the importance of the superior frontal functions (executive functions-EF) for people’s adaptation to the environment, and adequate behavior. Disorder of these functions causes dysexecutive syndrome (DS) is a clinical condition that affects substantially functionality in daily life. An acquired brain lesion is one of the main causes of this disorder. Diagnosis of DS has traditionally been based on low-score desk tests that evaluate EF associated with cognitive activity, however, do not sufficiently represent the functional demands of patients in their everyday life. Even more, do not consider behavioral disorders although they tend to be prominent, and can even correspond to the entire DS. For this reason, it has been suggested that the diagnosis should be established objectively by assessing both behavioral and cognitive aspects. These two aspects of EF were assessed and analyzed qualitatively in 17 patients with acquired brain damage of diverse etiology. The results showed that one patient presented alterations only in the cognitive part of the executive functioning, three of them only in the behavioral part, twelve showed alterations in both the cognitive and behavioral parts, and one patient did not present any alteration despite having a frontal brain injury. The changes at the occupational or functional level of the patients were related to executive behavioral and non-cognitive alterations. These findings evidenced that it is necessary to assess both cognitive and behavioral aspects of EF to establish a reliable diagnosis of DS.

Keywords: dysexecutive syndrome, cognition, behavior, brain injury.

 

RESUMO

Luria destacou a importância das funções frontais superiores (funções executivas-FE) para a adaptação das pessoas ao ambiente e comportamento adequado. O distúrbio dessas funções causa a síndrome disexecutiva (SD), que é uma condição clínica que afeta substancialmente a organização da atividade cognitiva e a funcionalidade na vida diária. Uma lesão cerebral adquirida é uma das principais causas desse distúrbio. O diagnóstico de SD tem sido tradicionalmente baseado nos resultados de testes documentais que avaliam FEs associadas principalmente à atividade cognitiva; no entanto, eles não refletem limitações funcionais dos pacientes em suas vidas diárias e não incluem distúrbios comportamentais, embora sejam geralmente notório, podendo até corresponder a todo o DS. Por isso, tem sido sugerido que o diagnóstico seja estabelecido de forma objetiva, avaliando tanto os aspectos comportamentais quanto os cognitivos. Esses dois aspectos da FE foram avaliados e analisados qualitativamente em 17 pacientes com lesão cerebral adquirida de várias etiologias. Os resultados mostraram que um paciente apresentou alteração apenas na parte cognitiva do funcionamento executivo, três deles apenas na parte comportamental, doze apresentaram alterações tanto na parte cognitiva quanto comportamental e um paciente apresentou apenas alterações leves na parte cognitiva, mas não foi diagnosticado com SD, apesar de apresentar lesão frontal. Alterações no nível ocupacional ou funcional dos pacientes foram relacionadas a alterações comportamentais executivas e não cognitivas. Esses achados evidenciam que é necessário avaliar os aspectos cognitivos e comportamentais das FE para estabelecer um diagnóstico confiável de SD.

Palavras-chave: síndrome disexecutiva, cognição, comportamento, lesão cerebral.